Bastou um sopro, apenas um sopro para que abrissem fendas nos pilares do castelo que começava a construir (no ar?).
Das palavras se fez vento, do vento se fez machado da querra que comecei mas, vejo hoje em rajadas, jamais pude, ou poderei, ganhar.
Pela janela, o céu cobre-me o rosto da chuva que se esconde no peito...
Não cheguei a dizer-te 'adeus', mas o teu tempo (o nosso tempo?) perdeu-se nos dias.
Não cheguei a dar-te um beijo, mas da minha boca saíram, quentes, todos os verbos.
Não cheguei a contar-te o meu mundo, mas lentamente abri as portas do teu (meu?)
Não cheguei a ouvir o meu peito quando pedia outro (igual?) mas estendi-te os braços de par em par.
- Hoje sou sujeito, conceito abstrato, uma imensidão... Em mim!
Não cheguei a deixar-me gostar, mas senti... Sempre!
Não cheguei a dizer-te 'adeus', mas até sempre... talvez.