30 junho, 2008

greves, flops e piropos foleiros

tenho a dizer que, tal como a cristina, sou uma romantica incurável e procuro um homem que não precisa ser perfeito, basta que seja perfeito para mim.

gosto de beijos roubados, gosto de partilhar gargalhadas, gosto de dançar no meio da rua, gosto de pipocas e um bom filme, gosto de jogar conversa fora e até gosto de star wars.... is that too much to ask?

contrariamente à cris, n consigo ficar amiga deles. ainda estou ressabiada demais para isso e alguns há com os quais nem sequer ponho essa hipotese, exactamente por todas as lágrimas e noites mal dormidas. Tenho coração mole mas nem tanto... mto provavelmente ia voltar a cair na cantiga (sou trenga, é verdade. meia dúzia de elogios e fico logo babada.)

quanto aos rapazinhos da nossa praça, dos quais fala o pall mall, já tenho na minha lista um leque de idades variadas que passam pelo ligeiramente mais novo ao 10 anos mais velho... lamento informar mas é "vira o disco e toca o mesmo". Gostava de saber onde vão buscar as "linhas/tiradas/piropos foleiros". Há algum manual que nós mulheres desconheçamos? elucidem-me.

O piropo do momento que mais me irrita é: "foi o destino que nos juntou aqui hoje"...

Será que acreditam mesmo que isso cola? Porque não conseguem ser mais originais?
Neste momento o meu destino está demasiado longe sequer para ser pensado e o presente demasiado confuso para perceber.
Mantenho a minha greve.
Em breve convoco uma "manif"!!!!

26 junho, 2008

em greve emocional

Como o ano já vai avançado, resolvi parar para um curto balanço da minha vida amorosa nos últimos seis meses. Cheguei à conclusão que de amoroso não teve nada e que não passaram de enormes flops.
(agradecimentos à estrela Cristina pela fantástica expressão: flops amorosos)


Tivemos o V1, o V2, o B e o A... o que para amostra do alfabeto, e meio ano, já me chega!!!!



V.1 - Quando finalmente rola qualquer coisa, à porta do apartamento dele, diz: "Ah e tal, não te posso convidar pa subir porque a minha namorada está lá em cima". (não, eu não sabia que ele namorava)



B. - Descobri que os piropos que me mandava eram os mesmo que mandava a dezenas de miúdas de 17/18 anos e ele com 29....



A. - No último encontro que tivemos quis contar-me que teve de deixar a ex porque não tinha tempo para ela. Nunca mais o vi...



V.2 - Depois de algum tempo e de algum envolvimento (numa estória confusa e anterior às supramencionadas) resolve que o que quer é ir montar cavalos para a Normandia, depois de admitir que até se esquece de mim como se esquece de toda a gente.



Em suma, não me lixem.
Acabei de entrar em GREVE EMOCIONAL!!!

16 junho, 2008

raiva

sem paciência
a explodir
a gritar sem voz
incapaz de ouvir
farta
a espumar
a ferver
a ranger
a latejar
intolerante
insolente
prepotente
sem pachorra


raiva... muita... fétida... visceral... demais

14 junho, 2008

pressa

Tenho pressa em agir, tenho pressa em acabar o que não comecei, em chegar à meta logo após o sinal de partida.

sinto o ar demasiado longe, demasiado só, demasiado sem mim.

preciso do já, do agora, do imediado

tenho pressa em encontrar e depois partir, tenho urgência em saber e então esquecer.

quero na volúpia ter para perder.

quero correr sofregamente até perder o fôlego quente que me preenche os poros.

quero poder fechar os olhos até desaparecer entre as ruas despidas de carne.

quero ver o sol queimar-me o peito de tanto bater, e no próprio colo despontar a luz.

quero amar assim sem mais nada, pelo gosto, pelo gesto, pelo cheiro de um beijo dado pelo não querer amar.

quero as pedras pisadas pelo passo das palavras simples.

quero o verde no céu e o o meu chão pintado em tons de carmesim.

quero... depressa!

08 junho, 2008

ser quem sou

Ando numa onda demasiado volátil para nadar, demasiado impaciente e incerta.

Perdi-me num ritmo injusto de apenas agradar o que me pertence.

Corri demais atrás de sombras e nuvens disformes, sem notar a sofreguidão com que o ar me fugia.

Agora sou eu quem me governa, quem decide a ordem dos ponteiros, quem gera o fogo do próprio chão.

Da meta se fez início, ponto de partida, origem do ser...

Do sono se criou o sonho, o vector de um caminho que não sabe que passo dar...

Gosto deste incerto, da minha questão, do constante desenho do futuro.

Gosto de descobrir as folhas, colher os frutos e seguir.
Gosto do saber esse sabor agridoce.

Gosto de ser quem sou.