06 fevereiro, 2007

Sou!

Ser e não ser mais nada
Ser um riso num lugar estranho...
Lâmpada cinzenta em rua dourada...
Ser o brilho da própria luz,
a sombra do próprio sol
Ser o infinito num ponto,
numa estória contada...
Ser os passos que não se dão...
...por essa estrada,
Mas ecoam num sorriso,
Gargalhada.

Ser o beijo e a própria boca
Ser os teus lábios!
Chamam-me louca...

Ser frio na aurora perfeita
Ser silêncio pela marginal
Ser árvore, fruto, animal
Ser quem sou.
Ser quem fui.
Ser o ser,
Ser e não ser mais nada.

3 comentários:

Eldazinha disse...

Eu não sei quem sou, mas também sou!
Mas se não quisesse ser...
Seria qualquer coisa...
Por isso prefiro ser o que sou...

Beijitos

Anónimo disse...

Filosofar é estar a caminho. E tu, filósofa assumida, e muitas vezes brilhante, estás a caminho de ti mesma. É a descoberta mais difícil que podemos fazer, percorrendo os caminhos mais inóspitos, tantas e tantas vezes frios e aparentemente sem sentido. Mas é também a mais sublime das descobertas ao alcance do homem (e da mulher) que não sendo apenas humano, ousa afinal ser filósofo, pensador, construtor de cada dia que nasce, com ou sem sol, na sombra ou na luz que fará nascer à sua volta. Estás a caminho, e vais lá chegar, ao fundo de ti, ao âmago de quem és. E quando olhares para trás verás, com uma surpresa quase pueril, que tudo, tudo mesmo, valeu a pena. E o que hoje te parece ser apenas um botão de uma flor pouco bonita será, nesse dia, uma flor que deu frutos. Voa, borboleta! O caminho que construires é aquele que terás de seguir. Constrói, pois, um caminho de pedras bem assentes, de momentos bem vividos e de voos bem resolvidos em torno dos problemas. Caminha, mas ciente de que para voar é preciso aprender a andar primeiro. E que ninguém anda sem antes gatinhar. Mas o teu caminho está traçado, e só tens de percorrê-lo com a certeza de que a felicidade não é uma estação de chegada, mas uma forma de viajar. Por isso, que não te incomodem os buracos na estrada. A caminhada só tem valor se aprenderes a contornar os obstáculos. Beijo

xpto disse...

Se fores de Lisboa poderás visitar a exposição de borboletas que está no jardim Botanico. Vale muito a pena,è muito inspirador.Se não fores de Lx, então espera pela primavera, altura em que elas sairão dos seus muitos casulos. assentava-te que nem uma luva !