As nuvens apertavam-se naquela manhã em que os passos lhe fugiram dos pés. Queria correr mas a estrada não deixava que continuasse na busca inglória das horas que escorriam no ar. Pegou nos pincéis e com um toque manchou o tempo e as luzes para que pudesse entrar no castelo. Foi lá dentro que viu e sentiu o poder das marés que crescem e passam, criando rios de distância e carris de saudade. Foram as aguarelas da lembrança que lhe permitiram ver os traços agudos na face de um riso.
--- Sei que estás aí…
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