18 janeiro, 2010

Às vezes o mundo dissolve-se nos olhos e a imagem torna-se demasiado difusa para ler. Em neblina nascem os dias que já passaram e crescem as gotas sufocadas por um grito. Era demasiado tarde naquela tarde em que o telefone tocou. Lá fora os passos continuavam cadenciados pelo frenesim de quem corre.

- Porquê?

- Porque já não sei…

E de que vale a espera? De que vale o frio que se cola ao corpo sem pudor? Mais que um gesto perdido nos dias, mais que o sorriso dado ao vento fica o som da palavra que se engasgou no peito.

- E quando saberás?

-Talvez um dia…

Cumpre-se o fado.

2 comentários:

little fairy disse...

O teu fado ainda está por ser cumprir...e nada tem a ver com neblinas, frio e perguntas sem resposta...mereces mais...MUITO MAIS!

Cristina disse...

Um beijo, borboletinha... miss U.