26 fevereiro, 2007

A Borboleta!

Noite escura lá fora, fria, oculta mas mais me preocupa o meu vazio... o meu silêncio profundo como se a mente deixasse pura e simplesmente de pensar...

Fogem-me as ideias como chamas etéreas fustigadas pelo vento... o meu? Apesar de tudo, continua a doer a tua simples existência...

Escreveste-me uma carta... uma simples, dactilografada, impessoal, carta deixando apenas um beijo... (pouco lembro já dos que trocámos). Despediste-te para um nunca mais e foste sem sequer olhar para trás...

Eu esperei por ti, na minha completa inocência desejei que não embarcasses nessa viagem sem retorno... mas foste, levando os meus sonhos contigo, mas deixando-me qui...

Vejo os raios da lua que já partilhei como um beijo...

A lua virou Sol e voltei a ver-me ao espelho. Tenho asas! Sou Monarca!

P.S.: Entre Borboletas e traças vai uma grande diferença. Umas são belas, coloridas, fortes, resplandecentes e iluminam tudo em redor. Já as outras, de tantas e tão cinzentas que são, acalentam um sentimento de piedade. Nunca confundir uma borboleta com todas as traças que se colam a uma lâmpada e se limitam a lá ficar.

4 comentários:

Anónimo disse...

Tens asas, luz, cor e vida! És a verdadeira Borboleta! Só tu podes ter um voo imperial de uma verdadeira Monarca! Voa, voa para bem longe e sê feliz...

Anónimo disse...

Mas uma borboleta disse-me ontem que tinha uma enorme traça por um cigarro... Sabes quem foi, sabes? Foi a borboleta mais colorida e de asas mais vivas que conheço. Sei que ela vai voar. Não tarda nada, às traças que a rodeiam sobrarão apenas os filamentos gastos das lâmpadas cansadas, ou a poeira do teu voo. Voa, borboleta, voa! E pinta o céu de múltiplos arco-íris.

troianaa disse...

Vejo tanta luz aí :)
Amiga voa bem alto e sem olhar para trás... as tuas asas vão-te levar até uma bela colina...
E tu és tão linda.. mereces tudo de bom!
Beijinhos!

tenho saudades

Anónimo disse...

Tu és borboleta! E se já pouco lembras dos beijos que trocaste é porque a viagem continua e o passado já lá vai! Os sonhos, esses ficam sempre nas borboletas como tu: são passado, presente e futuro e não morrem nunca.
Beijo grande,
Di.