É nos dias mais cinzentos que te encontro. Sentada sobre o parapeito da minha janela, perdida sobre o mar. Há quem diga que ouço os teus murmurios nos meus sonhos, mas eu sei que apenas te sinto quando o meu barco encontra o cais. Entre jeitos e enleios profundos, descortino a sombra dourada que paira na tua mente e se envolve em cada momento que te sinto. Passo a passo caminhamos de mãos dadas, voltamo-nos para o próprio vento em busca daquela resposta que irá fazer-nos sorrir. Percebo os teus olhares travessos em tons de sombra, repetindo cada sílaba que sai da minha voz. Não tremo nem temo os dias porque sei que estás aí. Somos um tu e eu, eu e tu, o encontro de mim com o meu próprio ser que por momentos rompeu as próprias raízes que nos ligavam.
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